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Economia na conta de Energia
O custo da energia cresceu 31,5% entre 2014 e 2017 (Fonte: Abrace, em: g1.globo.com matéria publicada em 10/03/2018), enquanto a inflação acumulada no período foi de 28,86% (Fonte: IBGE). A busca por uma alternativa que tornasse a energia mais barata ao consumidor final se intensifica na medida em que este percebe diretamente dois fatores sensíveis ao seu bolso:
1) O reajuste anual da tarifa de energia extrapola a inflação;
2) A criação do sistema de bandeiras tarifárias (desde 2015) gera incidência de relevante custo adicional, oscilando mês a mês.
Avanços da geração distribuída
O investimento em Mini e Micro geração (no mercado regulado da Geração Distribuída – GD) beneficia o sistema elétrico, com alívio da sobrecarga e do congestionamento e proporciona uma oferta adicional de energia para que o sistema atenda com suficiência à crescente demanda com menor investimento direto do estado e da Distribuidora. E ainda beneficiando o cliente final com a redução de custos própria das tecnologias de geração em menor escala, tendo de acréscimo o benefício da ampliação das matrizes energéticas renováveis, com menor impacto ambiental.
O que é energia Fotovoltaica
O sistema é composto por painéis fotovoltaicos – tecnologia que converte a energia luminosa do sol em corrente elétrica. A palavra “fotovoltaica” se forma do grego “photos” que significa “luz”, mais a unidade de medida de potencial elétrico volt, do sobrenome italiano Volta, físico pioneiro da eletricidade.
Os painéis solares (placas fotovoltaicas) são compostos de carvão e quartzo – matéria-prima do Silício (Si). A parte mais importante de uma placa são as células fotovoltaicas de silício que formam os átomos que são carregados com elétrons.
Histórico da energia solar fotovoltaica
A energia solar fotovoltaica é uma tecnologia em evolução, cuja criação remonta à segunda metade do século XIX. Desde a década de 1970, existe um mercado ativo para comércio dos painéis fotovoltaicos, momento em que o Japão se destaca como principal investidor nessa fonte. A partir da década de 90 este mercado experimenta um crescimento expressivo e, em 2000, a Alemanha desponta com o sua legislação intitulada Renewable Energy Act. Na segunda metade do século XXI, a China avança e assume a dianteira dessa matriz energética.
O mercado fotovoltaico no mundo tem se desenvolvido aceleradamente. Os países que lideram o mercado fotovoltaico em potência instalada são, nesta ordem: China (176,1 GW), EUA (62,2 GW), Japão (56,0 GW), Alemanha (45,4 GW) e Índia (32,9 GW). Em 2018, (Fonte: Snapshot of Global PV Markets, IEA PVPS, 2019).
No Brasil, havia pesquisa sobre energia solar desde 1952, porém, somente em 2012 é que aprovou legislação específica para energias renováveis. Desde então, o país tem assistido a uma aceleração exponencial dos investimentos na geração energética por fontes renováveis, em especial da fonte eólica e, mais recentemente, da fotovoltaica.
Em 2018 o país instalou 1,2 GW totalizando potência instalada acumulada de 2,4 GW. Ou seja, no último ano, o Brasil dobrou sua capacidade de geração energética de fonte solar fotovoltaica. E o setor dá sinais de que no primeiro trimestre de 2019, o investimento em painéis fotovoltaicos já supera o total do investimento feito em 2018. Incluídas as usinas já em construção, totaliza-se 3.023,0 MW de potência operacional total, da qual 2.103,2 MW em GERAÇÃO CENTRALIZADA e 919,9 MW em GERAÇÃO DISTRIBUÍDA (Fonte: ANEEL/ABSOLAR, 2019).
Considerando o infográfico Energia Solar Fotovoltaica no Brasil, divulgado pela ABSOLAR, a Bahia se encontra em 16ª posição no ranking estadual de Geração Distribuída, com potência instalada na Geração Distribuída de 14,7 MW. No ranking de Geração Centralizada, a Bahia está em 1º lugar, com potência instalada de 776,9 MW. Verifica-se muita oportunidade de crescimento no segmento da Geração Distribuída.
Normas
De acordo com o Art. 2º da Resolução Normativa Nº 482, de 17 de abril de 2012 da ANEEL (atualizada pela Resolução Normativa Nº 687, de 24 de novembro de 2015), classifica-se como micro e mini geradores as centrais com as seguintes fontes e potências instaladas:
“ I – Microgeração distribuída: central geradora de energia elétrica, com potência instalada menor ou igual a 75 kW e que utilize cogeração qualificada, conforme regulamentação da ANEEL, ou fontes renováveis de energia elétrica, conectada na rede de distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras;
II – Minigeração distribuída: central geradora de energia elétrica com potência instalada superior a 75kW e menor ou igual a 3MW para fontes hídricas ou menor ou igual a 5MW para cogeração qualificada, conforme regulamentação da ANEEL, ou para demais fontes renováveis de energia elétrica, conectada na rede de distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras.”
Esta REN 482 regulamenta a geração de energia pelo próprio consumidor por medição líquida (em inglês: “net metering”), em que cada 1 kWh gerado pela unidade consumidora corresponde a 1 kWh entregue pela concessionária, oportunizando a paridade para compensação energética de 1:1.
No caso da geração fotovoltaica especialmente, essa paridade se confirma principalmente para consumidores de baixa tensão. Pois, na alta tensão, impactam fortemente as variações de tarifa binômia, controladas pelo padrão de “ponta” e “fora da ponta”. O custo da tarifa na “fora da ponta” em reais é o mínimo por kWh. Já na “ponta” ele excede 5x mais o custo “fora ponta”. Ocorre que o sistema fotovoltaico alimenta a rede em horário solar, majoritariamente “fora da ponta”. Este é um dos principais fatores porque a micro e minigeração fotovoltaica interessa mais ao consumidor de contas tipo B (baixa tensão) do que de tipo A (alta tensão).
Ainda é importante notar que a conta de energia da unidade consumidora-geradora não será completamente zerada. Segundo a REN 482, além da taxa de iluminação pública, “para unidades consumidoras conectadas em baixa tensão (grupo B), ainda que a energia injetada na rede seja superior ao consumo, será devido o pagamento referente ao custo de disponibilidade – valor em reais equivalente a 30kWh (monofásico), 50kWh (bifásico) ou 100kWh (trifásico). Em situação análoga, para os consumidores conectados em alta tensão (grupo A), a parcela de energia da fatura será zerada, sendo que a parcela da fatura correspondente à demanda contratada será faturada normalmente.”
A IES e a Coelba
A oferta de energia no Brasil se dá pelas empresas Distribuidoras de Energia, com base estadual. Na Bahia, a Companhia de Eletricidade da Bahia é uma empresa privada do grupo Neoenergia, terceira maior distribuidora de energia do país em número de clientes e a sétima em volume de energia oferecida. Ela atende a 415 dos 417 municípios do estado, fornecendo energia para mais de 15,3 milhões de habitantes e cobrindo uma área de concessão de 563 mil quilômetros quadrados (fonte: serviços.coelba.com.br). A IES injeta energia na rede de distribuição da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia – Coelba.